Anti Romântico

Trata-se de uma série de estudos e trabalhos sobre o AMOR. A partir das contribuições conceituais da psicanalista e crítica de arte Suely Rolnik, o grupo desenvolveu diversos trabalhos artísticos inspirados em algumas publicações da autora. Esses estudos tiveram início em 2011 e, desde  então, já foram produzidos três vídeo-performances, uma exposição fotográfica,  contos literários e duas peças teatrais originais. 

AS NOIVINHAS

No ensaio "Cartografia Sentimental", Rolnik se serve da linguagem do cinema para narrar padrões e desdobramentos da mecânica relacional entre homens e mulheres. A figura da NOIVA é  exposta como ícone da dinâmica do DESEJO, desdobrando-se em inúmeros quadros. Sobre a imagem da noiva e seus símbolos sacramentados pelo casamento, o Teatro dos Ventos produziu as vídeo-performances DORMENTES e ESCOMBROS. 


No texto “Uma Nova Suavidade”, Penélope e Ulisses, personagens emblemáticos da civilização Ocidental, são apresentados por Rolnik como ícones da simbiose. No mito, Penélope tece, dia após dia, enquanto espera o retorno de Ulisses e, noite após noite, desmancha o tecido no desejo de tornar sua espera infinita. Ulisses parte. E volta. Os sucessivos retornos de Ulisses são sempre motivo para uma nova viagem. Assim, ele se afirma a cada partida como “homem absoluto”, possuidor de “todas” as mulheres, e Penélope se afirma como “mulher” a cada retorno dele: amor simbiótico, amor romântico. A partir do mito, o Teatro dos Ventos produziu a vídeo-performance NÓS e a cena O AMOR ANDA POSSÍVEL? 




Vídeos em HD:


                                  1) DORMENTES  
                                  2) ESCOMBROS
                                  3) NÓS
                                  4) O AMOR ANDA POSSÍVEL?

ANTI ROMÂNTICO pretende iluminar a mecânica da simbiose como motivo do amor romântico e o caráter massivo que tal lógica de afetos assume na cultura contemporânea ao ser multiplicada pela mídia. De fato, canção popular, TV e cinema exercem um poder massificante sobre a afetividade social e as estéticas contemporâneas. Por outro lado, as imagens de Penélope e Ulisses, resgatam um padrão de mecânica de relacionamento que nos acompanha desde os primórdios do Ocidente. 



Ficha técnica:
Direção: Fernando Martins
Figurinos e Direção de Arte: Luiz Felipe Ferreira
Trilha sonora de Diogo Vanelli
Fotografia: Thiago Lucas